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Como surgiu esta história toda da dieta do mediterrâneo?

​Em parte pode ser explicada pelo seguinte:

Desde há uns bons séculos as regiões mais ao norte dos países europeus sempre foram mais ricas e abastadas que as do sul.​

A turma mais ao norte tinha rebanhos e gado de toda espécie, muitas  terras boas e florestas com caça em abundância. Produzia leite e queijos gordos em quantidade, usavam banha em todas as comidas que faziam e sua dieta era uma gordureba só.​

Já a turma mais ao sul tinha uma terra mais difícil de lidar, tinha menos recursos financeiros para investimento, conhecia menos técnicas de agricultura e tinha que se virar para obter  proteína, já que não possuíam rebanhos como seus colegas do norte. Na falta de gado, tinha que buscar proteína no mar, sob a forma de peixes.​

​Os terrenos mais pedregosos não davam grandes colheitas de trigo, mas davam excelentes vinhedos, pois sabe-se que quanto pior o terreno melhores as uvas.

E também o vinho.​

Queijo e leite? Só de cabras, animais que se viram e acham o que comer em qualquer terreno, por mais pedras e morros que tenha. Aliás, isto é até do gosto destes animais.​

​Também a oliveira não é muito exigente com as condições de terreno.​

As poucas terras melhores davam pra plantar hortaliças, bem adaptadas ao clima mais quente, como berinjelas e tomates. E, claro, as árvores frutíferas.

​Pronto, com a adaptação do povo mais simples do sul, que não tinha a abastança de seus irmãos do norte acabou sendo criado um cardápio dos mais saudáveis do mundo: peixes em quantidade, azeite de oliva inclusive para cozinhar, vinho, frutas e hortaliças e queijo e leite de cabra. Completava a mesa pães de cereais não refinados.

​Uma dieta já demonstrada em vários estudos como a mais “cardiologicamente correta”, conferindo proteção ao sistema cardiovascular.

​As regiões consideradas como o “berço” da dieta mediterrânea, como a conhecemos, são o sul da Itália e sul da Grécia, além da ilha de Creta.

​Séculos depois, o norte rico e mais desenvolvido passou a invejar e copiar esta dieta, levando à irônica afirmação de que os pobres comem melhor que os nobres.

​Esta dieta foi muito bem vinda.

​​Hoje tem muita gente querendo comer de forma saudável, ninguém gosta simplesmente do “não pode isto e não pode aquilo”, sobrando para se comer só coisas insossas e sem graça.

​Ou seja, uma antipatia sem medida.

​Já na dieta do mediterrâneo (e talvez isto explique o seu sucesso e sua fácil adesão) o capítulo do que “pode” é grande, e o que pode é, além de saudável, realmente muito saboroso.

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