Atividade física e coração. Rebatendo as críticas. O homem, a lebre e a tartaruga.

Veja o vídeo no YouTube https://youtu.be/Uo0WsEAyqTc

Canal: http://youtube.com/@clinidac

Como defensor  da atividade física moderada e regular como parte de uma vida saudável, volta e meia tenho sido abordado por críticos opositores do exercício e favoráveis ao total sedentarismo com o seguinte argumento:

“ A tartaruga vive muito e não faz exercícios, a lebre tá sempre correndo e vive poucos anos” 

Ora, a informação genética que consta no DNA da tartaruga e da lebre não muda, nunca mudou. E cada uma tem a seguinte mensagem: viva deste ou daquele jeito. Este “estilo de vida” sempre foi o mesmo, e tem sido assim desde há milênios. Talvez uma necessidade  de sobrevivência em parte possa explicar ( por exemplo: a lebre tem que fugir do predador, a tartaruga? basta se encolher dentro do casco.)

Nenhum dos dois casos podem ser comparados ao homem, que apesar de também ter uma carga genética no DNA imutável também há milênios, teve seus hábitos radicalmente mudados na era moderna, há cerca de um século apenas. É claro que o homem não precisa correr como a lebre nem ser lerdo como a tartaruga, mas provavelmente está em algum ponto entre os dois. Ou seja algum grau de atividade física, ou trabalho braçal faz parte do seu “script” genético que determina qual o melhor estilo de vida, e este estilo foi radicalmente mudado de uns 100 anos pra cá, desde a invenção do automóvel e outras máquinas em geral. Ou seja, um estilo de vida de milênios mudou bruscamente em pouco tempo, e o DNA não mudou nada.

“ Com o suor do teu rosto comerás o teu pão”… lembram? (Gênesis 3:19). Desde aquela época e até a revolução industrial. Hoje não precisa mais puxar arado, mas um mínimo de exercício como uma caminhada de 30 a 60 minutos de 3 a 5 vezes por semana preenche essa lacuna, melhora muito a saúde como um todo, e é respaldada por todas as instituições  da área de cardiologia e medicina do esporte. do mundo.

Na época de caçador/coletor, o ser humano tinha que, ou viver correndo atrás do almoço, ou fugir correndo das bestas feras para ele mesmo não se tornar  o almoço. 

Então, houve uma mudança radical nos hábitos de vida dos humanos, apesar do código genético permanecer com a mesma e milenar  mensagem: algum grau de atividade física faz parte da vida.

E não é só em humanos: já repararam alguns cães e gatos de apartamento, tão ou mais obesos que os donos? Estilo de vida sedentário, comendo ração  e mais um monte de guloseimas, etc e tal. A genética deles não foi programada pra isso.

Outro argumento dos anti-exercícios:

“Minha avó tem 90 anos e nunca foi numa academia”

Perguntei: Ok, mas quando era jovem  havia máquina de lavar roupa? Não, era o tanque mesmo, bater e torcer na mão. Frango? Não era o congelado, tinham que ir pro quintal correr atrás do frango, depená-lo, etc. Sacolão não tinha. Era uma hortinha e um pomar cuidados, adubados com esterco e capinados com muito zelo. E ainda o jardim da frente da casa, com suas rosas, flores de cera, manacás, camélias e outras típicas de casas de avós, que regavam e até conversavam com elas. Sem falar que subia a ladeira toda manhã pra ir à missa, e ainda de quebra acompanhava as procissões. Ora, qual é a conclusão óbvia? A sua avó nunca precisou de academia; nós sim!

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