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A atividade sexual é um esforço considerado moderado. Além do esforço físico, o estímulo proveniente da excitação sexual aumenta a frequência cardíaca. Estudos mostraram que o exercício nesses casos é o mesmo do que subir dois lances de escada. A aptidão para caminhar 2 a 2,5 km em meia hora é perfeitamente compatível com a atividade sexual habitual. Os batimentos cardíacos elevam-se para 115 a 120 por minuto. Perfeitamente realizável, portanto, pela maioria dos cardíacos, desde que não estejam em fase de instabilidade ou não tenham tido um ataque cardíaco recente, quando então deverão passar necessariamente por uma reavaliação médica. Já os toques, abraços e carícias são maneiras de expressar amor e intimidade que aumentam muito pouco o trabalho do coração.

  É importante procurar posições mais confortáveis como ficar de lado (apoiando-se em travesseiros) ou com o parceiro que é cardíaco ficando por baixo. Ficar por cima implica em apoiar o peso do corpo nos braços ou ombros e com isso mais esforço físico (esforço isométrico, inadequado para cardíacos).

  Pessoas com problemas de coração devem evitar relações sexuais logo após uma refeição substancial (aguardar de 1 a 3 horas, dependendo da refeição), ou logo após tomar mais do que uma ou duas doses de bebida alcoólica.

  Devem também evitar manter relações em situações e lugares em que não estejam emocionalmente preparados e tranqüilos, e evitar ambientes excessivamente quentes ou frios. A resposta cardiovascular à atividade sexual depende da soma dos fatores psíquicos e físicos em jogo. A ansiedade decorrente de uma relação extraconjugal pode ser especialmente problemática.

  Se estiver cansado por qualquer motivo, repousar primeiro até se sentir bem, “desligando-se” do ritmo e das preocupações do dia, antes de iniciar o ato sexual. Se ocorrer dor no peito, respiração excessivamente ofegante ou palpitações exageradas durante o ato, deve-se parar e repousar e, se for o caso (se continuar não se sentindo bem), não ter vergonha em propor francamente ao parceiro que adie para outra oportunidade. Se necessário (principalmente se os sintomas permanecerem por mais que 10 a 15 minutos), comunicar-se com o médico. Após um evento cardíaco maior (infartos, cirurgia cardíaca, etc.) o médico libera o paciente, na maioria das vezes, para manter relações sexuais entre quatro a seis semanas após o evento.

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Casos com boa evolução podem ser liberados tão logo se sintam aptos e dispostos, usando-se para isto o teste ergométrico, que é um bom método para se prever a   tolerância a uma relação sexual em pacientes cardíacos.

 A pessoa que está se recuperando de um ataque cardíaco pode se sentir no início insegura, incapaz, deprimida e ansiosa, necessitando de grande entrosamento com o parceiro.       Casais que mantinham um relacionamento sexual estável terão maior facilidade na retomada desse tipo de atividade. Já os casais que tinham conflitos e situações de tensão ao manterem relações, terão esse reinício de forma mais complexa.

  O ato sexual é uma situação de certo modo ansiogênica (geradora de tensões e expectativas), e conversas preliminares e carícias contribuirão para reduzir a ansiedade.

    Se homens cardíacos usarem medicação para disfunção erétil, discutir os detalhes de uso com o médico, em especial sua interação com  álcool e outros medicamentos.

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