Veja o vídeo no YouTube:https://www.youtube.com/watch?v=Cgic0bv25lw

Canal: http://youtube.com/@clinidac

O azeite de oliva é parte importante da dieta mediterrânea, que é sinônimo de alimentação saudável. Volta e meia aparecem estudos pra determinar se o azeite está com essa bola toda mesmo. E ao que tudo indica ele tem resistido à prova do tempo. Textos e escritos antigos de milhares de anos já mencionam o azeite não só como alimento mas para várias outras utilidades, como iluminação, unção em cerimônias e rituais religiosos e como remédio, pra se passar em feridas. Longevidade é com as oliveiras. No Líbano tem uma que se acredita que tenha seis mil anos, ainda produzindo!

Um grande estudo recente tenta mais uma vez abordar os benefícios do azeite de oliva pra saúde E  esse estudo foi grande mesmo: 90 000 participantes nos Estados Unidos (onde o consumo desse azeite é baixo, comparado aos países mediterrâneos) acompanhados durante 28 anos! Eram profissionais de saúde (mais fáceis de serem acompanhados a longo prazo) com idade média de 56 anos. Ora, como entraram com média de 56 e daí em diante foram acompanhados  por 28 anos, era de se esperar que muitos iriam morrer naturalmente, devido à faixa etária dos que entraram no estudo e à duração dele. ( 56 + 28 = 84 anos) (mais de 36 000 morreram).

Foram comparados 2 grupos: um que não consumia azeite de oliva, e outro que consumia por dia pelo menos  meia colher das de sopa, ou  7 gramas de azeite.

A turma do azeite teve 19% menos risco de mortalidade total, e também os mesmos 19% de redução de mortalidade cardiovascular, mortalidade por câncer e doenças respiratórias crônicas  e incríveis 29% menos risco de morrer de doenças neurodegenerativas (Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla).

Neste estudo o azeite era usado tanto na mesa (saladas, puro com pão) como na cozinha (assar, fritar, sauté). Todos os tipos foram usados, não só o extra virgem. A diferença mais gritante era entre aqueles que consumiam o azeite no lugar de manteiga, margarina e outros produtos lácteos, como requeijão. Não era tão evidente quando era usado no lugar do azeite de oliva outros óleos, como milho soja e canola.

Do ponto de vista de saúde pública, o que chama mais atenção é que apesar de ter sido estudado como um óleo cardiologicamente correto, o efeito maior foi nas doenças neurodegenerativas (Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla).  O que abre espaço para novas pesquisas com foco específico nestas patologias, tão importantes quanto as cardíacas, principalmente se considerarmos a atual falta de medidas preventivas nesse grupo de doenças.

Deixe um comentário

Seu email não será publicado

You may use these <abbr title="HyperText Markup Language">HTML</abbr> tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>