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Idosos, incluindo cardíacos idosos, têm um risco, que aumenta com a idade, de sofrerem acidentes aparentemente banais, como quedas em casa, que apresentam um grave potencial de complicações, como fraturas de bacia e costelas, traumatismos cranianos, etc.

Fraturas de fêmur são causa freqüente de intercorrências graves, como embolia pulmonar.

Estatísticas mostram que 30% dos indivíduos após 65 anos e 50% após 80 anos têm pelo menos uma queda ao solo por ano, a maioria delas ocorrendo por simples deslocamentos dentro de casa.

Até 10% de eventos graves e 25% das internações em hospital após os 70 anos podem ser devidas às consequências de uma queda.

Cardíacos têm risco de cair aumentado pelo uso de vasodilatadores, diuréticos, anti-hipertensivos, e às vezes anti-depressivos, que podem fazer a pressão arterial baixar excessivamente.

Isto pode ocorrer, por exemplo, quando se passa subitamente da posição deitada ou sentada para a posição de pé.

Tranquilizantes e outros medicamentos que provocam sonolência também são incriminados.

Outras causas de queda são alterações visuais (catarata, etc.), do equilíbrio (síndromes labirínticas), da força muscular e dos reflexos, e doenças das pernas e pés, levando a dores e dificuldade em manter uma marcha adequada.

Idosos podem ter alterações do nível de atenção, e ficarem desatentos aos possíveis obstáculos em uma caminhada.

Diante do exposto, prevenir quedas neste grupo de pacientes é fundamental.

Medidas neste sentido começam no consultório médico, verificando-se sempre a pressão arterial nas posições deitada e de pé, quando se faz uso dos medicamentos citados.

O uso de qualquer remédio, principalmente se tomado por conta própria, deve ser mencionado ao cardiologista, que verificará as chances de possíveis interações negativas entre as várias substâncias.

Aqueles sem uma clara indicação para seu uso deveriam ser eliminados.

Nos casos em que ocorre uma diferença importante entre a pressão sistólica nas posições deitada e de pé, (20 milímetros ou mais: exemplo: 160/80 para 130/80), além de se rever os medicamentos, pode ser necessário que os pacientes se levantem “aos poucos”, se ficarem muito tempo deitados, e também pela manhã, ao acordar.

Primeiro assentar na beirada da cama e só depois de 1 a 2 minutos ficar de pé, e então aguardar alguns momentos antes de sair andando.

Outras medidas são:

  • Manter um nível mínimo de atividade física e manter alimentação adequada, para preservar a força e o tônus muscular.

  • Correção de distúrbios visuais (cirurgia de catarata, óculos, etc.).

  • Tratamento de vertigens e síndromes labirínticas.

  • Uso de calçados apropriados, não derrapantes. Calçar adequadamente sapatos e chinelos, que quando apenas “enfiados no pé”, ou parcialmente calçados, podem representar uma ameaça.

  • Evitar “situações de risco” como fios elétricos pelo caminho, tapetes soltos, pisos encerados e deslizantes, cachorros, brinquedos dos netos, escadas perigosas, etc.

  • Colocar acendedores de luz em locais próximos à cama, para evitar se levantar e deitar à noite no escuro (ou colocar uma lanterna no criado mudo).

  • Também no criado mudo podem ficar um abajur e um telefone com uma agenda com os números mais importantes. (Um risco é passar mal e levantar-se, já enfraquecido, para telefonar).

Camas, sofás e poltronas devem ser levantados para uma altura ideal de 55 a 65 centímetros, o que facilita assentar e levantar-se.

Móveis como estantes e armários, se afixados na parede, podem servir como ponto de apoio.

Um dos locais mais arriscados é o banheiro.

Pode ser necessário fixar na parede do box do chuveiro uma barra ou corrimão, que permita se agarrar ou apoiar, no momento de lavar pés e pernas, ou  deixar dentro do box um banquinho de plástico (de 40 a 50 cm de altura) para tal fim.

Uma barra próxima ao vaso também pode ser útil, bem como tapetes de borracha e pisos pintados com tintas anti-derrapantes.

Existem assentos de vasos sanitários mais altos, alguns com até 12 cm de altura, que facilitam ao usuário levantar-se.

Como a altura do vaso sem o assento é de 38 cm, portanto muito baixa e exigindo um esforço extra do idoso para se erguer sozinho, com o assento especial vai para 50 cm, facilitando-o ir ao banheiro sem precisar de ajuda, e preservando sua privacidade.

Em escadas, a instalação de um corrimão pode ser providencial.

Após um episódio de queda, além das medidas citadas, é necessário apoio e estímulo dos familiares, pois o medo de cair novamente, pode levar o paciente a se movimentar menos, restringindo suas atividades, levando a maior fraqueza muscular… e maior risco de novas quedas, criando um ciclo vicioso.

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